Selecionada para a Cátedra Capes/CES de Ciências Sociais e Humanas pela Universidade de Coimbra, Portugal, a professora Ivani Ferreira, do departamento de Geografia da Ufam, conta que participou de seleção realizada em janeiro de 2015 por meio de Edital que disponibilizava duas vagas para o Brasil. “No início fiquei com dúvida se participava ou não, então após receber incentivo de colegas decide, poucos dias antes de encerrarem as inscrições, a inscrever o projeto e para nossa surpresa fomos aprovados”, conta.
Como professora visitante do Centro, Ivani Ferreira ministrará aulas para alunos de doutorado, bem como proferirá palestras, realizará atividades de campo, dentre outras atividades acadêmicas. “O CES é um Centro inter e transdisciplinar com propostas de investigação nas diversas áreas das ciências sociais e humanas, tanto que em seu corpo docente constam economistas, juristas, antropólogos, Geólogos, Arquitetos, especialista em Educação, dentre outros”, comenta.
A pesquisadora diz ainda que acredita ter sido selecionada porque seu projeto intitulado “Gestão do Conhecimento e saberes indígenas: uma reflexão sobre o etnodesenvolvimento a luz dos povos indígenas da Amazônia Brasileira” se enquadra bastante nas orientações estratégicas do Centro de promover novas epistemologias, estimular a interação de ideias e a investigação inovadora. “O CES se propõe a dar voz à minorias étnicas, a romper com modelos tradicionais. Assim, como nossa proposta no escopo do curso de Licenciatura Indígena Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável é trabalhar com currículo aberto e flexível, construído pelos próprios alunos, nós acreditamos que isso foi fundamental para termos sido selecionados”, explica.
Além de estar se preparando para se transferir temporariamente para Portugal (segundo semestre de 2015), a docente aguarda pelo lançamento dos livros: Gestão do conhecimento e território indígena: por uma geografia participante (Editora REGGO) e Geopolítica ambiental : a produção do território no Estado do Amazonas (Editora Annablume), que deve ocorrer até, no máximo, maio do corrente.